Quatro pessoas da mesma família foram mortas a tiros na segunda-feira (17)
O delegado Rodrigo Otávio Aydar Monteiro, da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Campinas, começa a ouvir na manhã desta quarta-feira (19) parentes e vizinhos das vítimas da chacina ocorrida no Jardim Novo Maracanã.
Na tarde de segunda-feira (17), quatro pessoas da mesma família foram mortas a tiros por três homens encapuzados que chegaram em um Gol. William Camargo, de 20 anos, foi morto junto com o pai, Isaias Ribeiro, de 44 anos, na frente da casa onde moravam. Em seguida, dois homens entraram na residência e mataram a mãe de William, Silvana Camargo, de 43 anos, e a avó, Lídia Silva, de 82 anos. A polícia não confirmou se havia uma menina de sete anos na casa e que teria sobrevivido, mas uma testemunha diz que, além da criança, havia ainda uma adolescente de 17 anos, que escapou pulando o muro.
A polícia apura a participação de policiais militares na chacina, já que uma das vítimas teria trocado tiros com um PM há cerca de um mês e a execução da família teria sido por vingança. Familiares das vítimas também disseram acreditar na hipótese de envolvimento de policiais nas mortes. Um dos parentes, que pediu para não se identificar, disse que dias antes da chacina um amigo de uma das vítimas foi ameaçado por dois homens.
Segundo este amigo, William Camargo, de 20 anos, morto na chacina seria o alvo destas ameaças junto com ele. Antes de fugir, os assaltantes cortaram e levaram uma das mãos de William. De acordo com essa mesma testemunha o assassino teria dito "com essa mão você nunca mais vai trocar tiros com a polícia".
O comando da Polícia Militar de Campinas negou o envolvimento de policiais militares na chacina. A Polícia Militar informou que vai colaborar com as investigações.
Na tarde desta terça-feira sete homens foram presos pela Guarda Municipal na mesma rua onde a chacina aconteceu. Apenas dois continuam detidos, por porte ilegal de armas.
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